G1: Prefeitura de SP não tem plano para lidar com apagões após eventos climáticos extremos, aponta relatório
"Plano climático da cidade prevê ações até 2050, mas não menciona impactos na rede elétrica. Especialistas dizem que apagões serão cada vez mais frequentes com vendavais e chuvas intensas impulsionados pelo aquecimento global.""Segundo o PlanClima, o Plano de Ação Climática da capital, criado em 2021 e atualizado anualmente, não há nenhuma diretriz que trate de como a cidade deve responder a apagões após temporais, vendavais ou ondas de calor."A falha em prever estratégias para blecautes contrasta com o que foi debatido globalmente na COP30, realizada no mês passado em Belém (PA). Entre 194 países, “adaptação climática” foi um dos temas centrais: cidades do mundo inteiro precisam se preparar para minimizar danos causados por eventos extremos como ventos intensos, secas e chuvas volumosas."O documento estabelece metas até 2050 e menciona ações como aprimorar alertas de tempestades e rever protocolos de mobilidade, mas não aborda os impactos na infraestrutura de distribuição de energia.
"No caso de São Paulo, porém, o relatório mais recente da Secretaria-Executiva de Mudanças Climáticas (Seclima) lista 11 ações em andamento na categoria “adaptar a cidade de hoje para o amanhã” — nenhuma delas ligada à proteção ou modernização da rede elétrica.À TV Globo, o secretário executivo de mudanças climáticas de São Paulo, José Renato Nalini, reconheceu que o tema deveria estar no PlanClima.""O climatologista Carlos Nobre explica que os temporais extremos têm relação direta com o aquecimento global. Para reduzir riscos no longo prazo, ele defende uma grande restauração florestal, capaz de diminuir temperaturas e atenuar tempestades e rajadas de vento."
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