As comunidades estão desde o ano 1945 e 1949
Marcos Monteiro, Secretário Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras na Audiência Pública do 16/08/2022 diz:
..."Eu acho que a gente está fazendo de um utilitarismo agora quando na verdade, como eu falei essa obra foi pensada em 1970. Na década de 70 essas comunidades não estavam lá. Então não é justo a gente entender que uma obra desse porte desse tamanho esteja sendo pensada unicamente com objetivo de retirada de comunidade."
Mas as comunidades estiveram lá desde 1945 e 1949!
"Assentamento precário Coronel Luis Alves está grafado como favela, com ano de ocupação em 1945. Localiza-se no Setor 42, Quadra F13. Implanta-se parcialmente em área particular e parcialmente em área sem definição fiscal. Possui Risco Hidrológico (enchente/inundacção), sigla HVM-04, setor HVM-04-01 (R2). Não possui risco geológico mapeado"
"Assentamento precário Souza Ramos está grafado como favela com ano de ocupação em 1949. Localiza-se no Setor 42, Quadra F11. Implanta-se totalmente em área pública, definida como Espaço Livre. Não possui risco hidrológico ou geológico mapeados."
Aqui na comunidade Sousa Ramos, também estamos preocupados com às árvores, choramos com cada árvore derrubada e com a destruição da corrente de água. Aqui nos últimos dias diariamente estamos vendo caminhões saindo com as toras das árvores que já foram cortadas. Pássaros procurando a corrente de água para beber, os bichinhos ficam perdidos, é de corta o coração.
Da parte da comunidade Sousa Ramos, estamos juntos para unir forças. O importante é parar essa obra absurda.
Para os que estão aqui e não conhecem nossa comunidade, ela é datada na prefeitura desde 1949. Há 75 anos no mesmo lugar, os condôminos de luxo que chegaram para serem nossos vizinhos.
Somos famílias, crianças, idosos... seres humanos que estamos lutando pelo nosso direito a moradia.
Aqui estamos unido força com todos defensores da vida. Contem com a gente que estamos contando com vocês. O importante é conseguir parar a obra.Grupo em Whatsapp Não Ao Túnel Sena MadureiraTestemunho de uma moradora
Na Matéria do SBT News moradores da comunidade contam sua angústia e medo pela destruição do bairro onde, muitos, viveram a vida inteira.
Testemunho de outra moradora:
...."eles estão nos tratando como invisíveis. É simplesmente como se não estivéssemos ali. Começaram entrar com os caminhões, com as máquinas, derrubando todas as árvores assim uma loucura. Era chorar, vendo eles derrubando as árvores e um monte de passaros correndo e tampava acorrente de água, onde os pássaros iam beber água, agora os pássaros chegam lá para beber água, eles ficam desnorteados procurando, não acham É uma coisa assim, absurda, absurda.."
"Nós também estamos sentindo muito pelas árvores, as árvores fazem muita, muita falta, mas não existe só a árvore, as árvores existem uma comunidade cheia de crianças e idosos, pessoas, em tratamentos de câncer, crianças que estudam que são bolsistas com 100% de bolsa em escolas particulares ali da região, outras que estudo em escola pública, todos sabem que as melhores escolas públicas aqui de São Paulo estão naquela região. Então, assim, é higienista, eles querem nos tirar ali e ponto, sabe? Então estão tratando a gente como invisíveis, como se a gente simplesmente não existissemos."
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